segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

CulturaDigital.Br


Aconteceu no ultimo fim de semana (2,3 e 4 de Dezembro) o Festival CulturaDigital.Br, no Rio de Janeiro. Com um histórico de 3 anos, esse é o primeiro ano que o evento se configurou como Festival Internacional, as duas ultimas edições consistia num fórum de mesas de discussão e grupos de trabalho, para discutir políticas públicas. Nessa primeira edição como festival buscou mostrar a potência de articulação da união das redes da cultura digital em palestras, experiências, experimentos artísticos, shows e muita conversa. (http://culturadigital.org.br/)
Idealizado pela Casa da Cultura Digital (http://www.casadaculturadigital.com.br/) que consiste na reunião de 10 organizações ligadas de alguma forma à cultura digital, pesquisando, produzindo, questionando, agregando e divergindo sobre essa “nova” cultura, como a construimos e como nos relacionamos com ela, como ela interfere, e faz parte do cotidiano, da arte, das idéias, do progresso.
Dentro da programação do festival aconteceu o evento Desafios da Arte em Rede – I Rodada em Cultura, Arte, Tecnociência e Inovação, que faz parte de um programa voltada para ações conjuntas entre o Ministério da Cultura e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) no programa de pesquisa e inovação em Cultura, Arte e Tecnologia.
O evento acontece com o objetivo de difundir essas ações, entre pesquisadores, gestores, artistas, além de tornar visível ao público, além de abrir um ciclo de reflexão sobre a o papel da cultura e das artes nesse processo inovador.

Nessa I Rodada fez parte da programação o espetáculo de arte telemática FRÁGIL,do projeto LABORATORIUM MAPA D2, realizado simultaneamente entre as cidades do Rio de Janeiro, Fortaleza e Salvador, com transmissão simultânea via Internet.
“O LABORATORIUM MAPA D2 agrega três grupos de pesquisa artística e quatro grupos tecnológicos em torno da investigação, exploração e aplicabilidade das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e do Audiovisual na criação de FRÁGIL, espetáculo de arte telemáticaidealizado pelo Grupo de Pesquisa Poéticas Tecnológicas: Corpoaudiovisual – GP Poética (UFBA), coordenado por Ivani Santana.FRÁGIL é fruto da intersecção de obras que se cruzam – na rede – para tratar de um tema comum: a fragilidade humana.” (http://culturadigital.org.br/2011/11/desafios-da-arte-em-rede-i-rodada-em-cultura-arte-tecnociencia-e-inovacao/)

O espetáculo pôde ser assistido via internet, através dos sites www.poeticatecnologia.ufba.br e www.mapad2.ufba.br e as imagens foram captadas simultaneamente no MAM Rio, no Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno, em Fortaleza, e no Campus Universitário de Ondina, da Universidade Federal da Bahia, em Salvador.
As duas ultimas edições, que ainda eram Fóruns pode ser mais conhecida através de vídeos produzidos por coletivos no site http://cincovezes.culturadigital.org.br/, conheça um pouco mais.

Teaser do Evento: http://vimeo.com/32318614


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Uma luz sobre a arte: A técnica do Light Painting

A postagem de hoje se refere a uma técnica muito popular, pelo menos pra quem tem algum interesse na arte fotográfica. O Light Painting é uma técnica usada na fotografia que pode ser basicamente traduzida e definida em "pintar com a luz". Sabe quando você esquece do flash naquela foto noturna com sua câmera compacta e as luzes do ambiente dão à foto um efeito inesperado, porém interessante? É mais ou menos por aí, só que dá pra fazer muito melhor com um bom equipamento e planejamento da imagem que se pretende capturar.

Para obter o efeito do desenho com o light paiting , é preciso deixar que o obturador da câmera fique aberto tempo o suficiente, até o final do processo. Nesse tempo de exposição, é possível criar as imagens mais criativas possíveis fazendo desenhos no ar ou superfícies (como paredes) com uma fonte de luz (lanterna, por exemplo) e tomando o cuidado de usar uma roupa preta para que a luz não seja refletida pelo corpo de quem faz os movimentos. É possível capturar também rastros espontâneos de luz, como faróis de carro, conseguindo uma fotografia de efeitos impressionantes. Além do tempo de exposição, é preciso que a câmera seja fixada em um tripé ou algum suporte estável, para que o desenho da luz não seja deturpado pela instabilidade da câmera. A técnica em si do Light Painting não exige esforços ou investimentos fora do comum, mas requer precisão para que o efeito esperado seja de fato obtido, além de treino, até que um estilo próprio seja alcançado.


Embora com o tutorial acima a técnica pareça relativamente fácil, existe sempre quem vá além. Quem una práticas e conceitos e se diferencie na sua própria área por transformar o comum em surpreendente. É o caso do fotógrafo e caligrafista francês Julien Breton. Julien é especializado em caligrafia árabe, mas tem como especialidade mesmo unir em uma só forma de expressão (a fotografia) elementos performáticos, caligrafia árabe e light painting.
O resultado é o seguinte: 




sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Networked Hack Lab : onde arte e tecnologia se encontram

O Networked Hack Lab é um projeto de arte e tecnologia que realiza oficinas e exposições nas cidades de Cachoeira e Salvador durante todo segundo semestre de 2011.

Mais do que uma série de oficinas e exposições, o Neworked Hack Lab é um espaço-conceito que fará a estruturação de um laboratório para a difusão e a experimentação de linguagens audiovisuais e suas aplicações em aparelhos móveis. As ações integram o Programa Vivo Lab, iniciativa cultural da Vivo que apóia projetos de arte, tecnologia digital e experimentação de linguagens em todo o país.

Para Rodrigo Minelli, coordenador artístico do projeto, o Networked Hack Lab nasce da percepção que as tecnologias são cada vez mais acessíveis e potentes, mas continuam a ser usadas de forma limitada, como foram concebidas pela indústria, sem explorar suas outras potencialidades: “Celulares são verdadeiros microcomputadores que muitas vezes as pessoas usam só para fazer ligações.”, diz Minelli.

O projeto entende que a arte, em todas as suas manifestações, vem há algum tempo se apropriando da tecnologia para criar novos espaços e plataformas de interação e intercâmbio artístico. A ideia de criar espaços para a produção colaborativa de arte eletrônica alinha-se com a de vários grupos que, no Brasil e no mundo, mantêm seus hacklabs, centros de aprendizado e troca de conhecimento entre as pessoas, promoção, uso e desenvolvimento de tecnologias criativas.

Na Bahia, o Networked Hack Lab une os conhecidos trabalhos e talentos locais com as possibilidades tecnológicas e criativas da arte eletrônica e propõe novas leituras do uso do espaço público e de uma nova possibilidade de inclusão digital.

Na quarta etapa do projeto Networked Hack Lab, Salvador recebe a instalação Pêndulo, do premiado videoartista Lucas Bambozzi. Um dos principais expoentes da vídeo-arte no Brasil, Bambozzi é o criador e curador do Festival Internacional de Arte em Mídias Móveis, Vivo arte.mov, que acontece desde 2006 em diversas capitais do País.

A obra é um objeto suspenso em forma de pêndulo que projeta imagens de acordo com os ruídos do ambiente. Na versão planejada para Salvador, as imagens projetadas representam situações locais.

Da extremidade inferior do mecanismo, instalado dentro do objeto pendular, foi instalado um projetor de vídeo cujas imagens projetasvam imagens do centro das cidades no piso do átrio. A oscilação é simbolica, uma vez que as imagens é que oscilam, em função do ruído ambiente do saguão de entrada do prédio, bem como a partir da proximidade das pessoas com relação ao pêndulo, ficando mais “nervosas” e caóticas quanto mais ruidoso estiver o ambiente.

As imagens, produzidas especificamente para o projeto, evidenciam aspectos subjetivos e sociais ligados à ocupação das ruas da região onde o projeto é instalado. Na versão planejada para a cidade de Salvador as imagens foram criadas através de uma oficina buscando representar situações locais a partir de informações disponíveis na Internet bem como através da discussão e compreensão das questões locais.

Abertura: Quarta-feira, 30 de novembro, 20h Visitação: 01 a 11 de dezembro Local: Museu de Arte Moderna da Bahia | MAM

Confira a programação completa do evento clicando aqui

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Companhia Chunky Move


Acha difícil visualizar um projeto que englobe dança e arte eletrônica? Isso porque você não conhece a companhia de dança contemporânea australiana chamada Chunky Move, de Southbank, Victoria.

Criada em 1995 pelo diretor artístico Gideon Obarzanek, o trabalho da companhia se mostra bem diverso. Gideon é um coreógrafo australiano, que começou seu estudo na área quando começou a tomar aulas de jazz, em Melbourne. Em 1987 ele se graduou na na faculdade australiana de ballet e construiu sua carreira como performer e coreógrafo com várias companhias e em projetos independentes na Austrália.

Como o próprio Chunky Move define em seu site, é um gênero de dança performática imprevisível e que desafia. Geralmente suas performances buscam base na cultura australiana e o grupo realizou um tour nas cidades de Nova Iorque, Hong Kong, Beirut e Barcelona.

Para os interessados no assunto, o Chunky Move está no Facebook, Twitter e em inúmeros vídeos no Youtube - que também podem ser acessados pelo site da companhia.